sábado, 28 de dezembro de 2013

MUTATIS MUTANDIS ( MUTATIS MUTANDIS!) - wikcionario wikdicionario

Doutrinas, teses, diagnósticos, conhecimentos, enfim, são interpretações, grosso modo, de vários tipos de expressões,  linguagens e  códigos linguísticos, e não-linguísticos, em signos ou com outras formas gráficas que se utilizem de símbolos, gestos, enfim, uma miscelânea signo-símbolo para uso de exegeta e hermenêuta de relevo, a qual sói ocorrer  nas matemáticas e outras ciências simbólicas, bem com em todas as interações humanas ou entre homem e terra e cosmos, as quais levantam perenemente hermenêuticas e exegéticas, ou exegeses, a serem contempladas  na prática quotidiana: doutrinas de campo ou para o campo levadas pelo sábio, pelo erudito, pelo mestre, pelo entusiasta, pelo filósofo e o cientista, dentre outros afins.
Tais práticas não contemplam, geralmente, oficialmente, canonicamente, a face da gnoseologia, cujo labor é dado às melhores inteligências, pois tal se dá somente quando a comunidade é formada e dominada, em sua maioria, por gente sensata, de preclaro senso prático na aplicação do conhecimento aos fatos e que, destarte, por essas virtudes colossais, entrega a prática e a teoria do conhecimento àqueles cujo mérito é por inquestionável, porquanto as inteligências aplicadas por pessoas cujo mérito é notório são motores essenciais ao progresso da comunidade humana, à sua riqueza espiritual, intelectual e material, enfim, blinda toda a sua economia com um sucesso perene. As economias são várias: economia politica, salvítica, de princípios, financeira, economia do amor. Economia são as leis("nomos") da casa("eco"). Toda ciência e filosofia é uma economia.
Essa prática abordada nos parágrafo anteriores é a mescla de fatos e conhecimentos levantados até o momento do agir, por diversos agentes e entregue aos sábios e engenheiros para envolvimento e desenvolvimento com a tecnologia, que é o fazer falar a ciência nos objetos ou artefatos da cultura. Um só questionamento inovador sobre qualquer vetusta doutrina já a pinta com outra cor enquanto conhecimento, gnosiologia. Já  estabelece definitivamente o matiz da dúvida com seu tom no amarelo-outono das coisas e teorias com folhas decíduas ou em queda de anjos sem pára-quedas ou rede sob o trapézio.
A prática não passa de repetição ritual do mito das doutrinas, função executada pelo homem comum ou o homem de inteligência limitada.Os gênios da natureza, ou filósofos naturais, inteligências nativas, sábios, eruditos, "experenciam"  a praxe, que é a doutrina do filósofo aplicada como engenharia social, política, semiológica, semiótica, metalinguística, sociológico, antropológica, espiritual, enfim;  mas não enquanto elemento de  alienação do homem, posta no mundo tão-somente como ato de pensar, não enquanto tese apenas, porém como superação crítica do pensamento do homem, que se pôs no mundo e impregnou as instituições, a cultura, a civilização; não se trata aqui do homem em sua alienação metafísica : o ato de filosofar e o ato teatral do filósofo, que representa  meramente uma alienação do homem, - o homem que é mais, muito mais que é o filósofo, mormente ao agir  no mundo com o pensamento e o corpo, engajado criticamente ao contexto que narra a história do momento e insere o homem pensante no ritual momentâneo e aparentemente acrítico de forma espontânea e livre: esta é a ação e atitude do homem filosófico ou de inteligência nativa, livre das peias das doutrinas e outras crenças , pois o homem livre do filósofo que é em contexto ( e somente em contexto, or necessidade alheia). Somente assim agindo e pensante o homem é a sabedoria  inata, o senhor de si e da terra e dos demais senhores, que se escravizam pelo barato. O homem livre, livre do filósofo que que dá a persona para clamar no anfiteatro,  não põe  simplesmente o pensamento doutrinário filosófico no mundo, pois este pensamento puro é a alienação do homem no filósofo e a alienação do pensamento no mundo social; pois este pensar  se exprime por meio de doutrina, no mundo; este homem liberto põe o próprio homem, a si mesmo, porquanto antecessor e criador do filósofo, o qual é um mero ator social, uma criação do poeta. Nisso não difere do homem, que  não é ator, conquanto atue, mas livre do papel escrito, que lhe cabe;  pois o homem é livre do daquilo que está escrito, quer seja n Corão, quer seja nos livros da lei, seus códigos e, em posse da liberdade, age, porquanto é o único  ser livre na natureza presa na pressa da brisa e da lira que cobiça por glória,  fama e riqueza na mão do poeta ambicioso.
A ação livre, liberta o filósofo de seu papel alienado de si, alheio a si, no mundo como pensamento de morto, ou vivo, mas focado numa personagem teatral social, política, pois traz a doutrina ao rés-do-chão, comunica-a ao homem comum, o qual é o ser alienado que, se libertado  da sua inconsciente ou cônscia alienação, pode e muda o mundo social ao seu talante e ao seu redor com a força inconteste da água que a tudo derriba em caminho de amotinada, pronta a desbancar uma Revolução pra Além da Francesa e outra Revolução para Além da Industrial. 
Aliás, a  Revolução Francesa é uma guerra à parte, enquanto a  prática é imitação pura, arremedo; a praxe, criação, espontaneidade. A prática é a resignação à utilidade, a servidão à doutrina do utilitarismo inglês; a praxe a conjuração ( mineira). Os antigos filósofos gregos pensavam suas doutrinas e a punham imediatamente em praxe quotidiana. Haja vista os cínicos, os eleatas, os estóicos, os filósofos do Liceu e da Academia, creio, os pitagóricos, dentre outros. Os profetas hebraicos faziam o mesmo com seu proceder profético, o que leva a crer que conheciam as atitudes daqueles vetustos filósofos que uniam o inútil ( a filosofia) ao desagradável ( a imprecação e outros gestos teatrais exagerados, levados ao extremo, levados a cabo.Levados!!!).
Os seres humanos naturalmente inteligentes desenvolvem uma ou inúmeras doutrinas durante o transcurso de suas  vidas produtivas, doutrinas essas com fulcro é uma única ideia "platônica", a qual dá o seu ser ao pensamento do homem individual que a criou e desenvolveu e responde aos estímulos e sacolejos do contexto, cujo tecido é mui mutável, fato que faz dos discípulos do sábio, além de divulgadores e estudiosos do pensamento do homem são ( santo) banhado em rio de saber inato, um perene ato de colocar, recolocar e colar mesmo em contexto essa doutrina que atravessa os milênios na muda mão dos amanuenses que, não poucas vezes, a muda, modifica, reconduz ao contexto temporal, retira-a morta da teia da aranha antiga. Haja vista a doutrina de Jesus Cristo e Buda! - Toda a Bíblia! que prescinde de um novo passa-olho nos trechos revisitados pelo olho vivo e nu do bebê que lê Esdras.
No que tange aos homens de inteligência adquirida, não-nata, não-natural, como a do sábio, mas artificial, formada e fortalecida pela cultura, esses somente ganham de dom serem discípulos fiéis ( quando fiéis!) quando se limitam humildemente  apenas a dar sequência dialética ao seu pensamento bordado e constituído ao sabor dessas  doutrinas, as quais lhes emprestam o conhecimento limitado de quem não o pode produzir. As inteligências artificiais (artefatos culturais)  têm apenas  opiniões sobre tais doutrinas, pois não são doutos, nem tampouco ditosos eruditos, quando muito limitados eruditos, mas de imensa utilidade ao atuarem com humildade como  meros repassadores do que pregam os doutrinadores,  seres de inteligência inata que criam a mente ou desenvolvem o intelecto ilimitadamente todos os dias, da aurora à noite, até de madrugada, no fio do orvalho hialino que beira o arreio e da loucura e ao arrepio da demência descrita por Erasmo de Rotterdan e Michel de Foulcaut, ouvida na voz grafada em livros dos seus tempos.
Pensa-se ( e nem sempre é fato, mas ato de pensar, imaginar) que, tendo três homens envolvidos no ato do conhecimento, levantam-se três doutrinas, no mínimo, quando a inteligência nata dos indivíduos envolvidos é limitada ao invés de universal e vasta na cultura, pois a inteligência natural quando limitada não vai além de uma voz, não traz a polifonia encontradiça em Dostoievski e sábios geniais desse jaez, os quais evocam e criam inúmeras doutrinas tecidas em torno da doutrina-mãe ou mestra que envolve contexto e perene mutação de ritmo e rito, bem como mito, a fim de poder expressar as necessidade prementes e renovadas do mundo social construído por cérebros de vasto gênio nativo.
Todavia, quando os cérebros em interação são o médico, que clinica, o outro médico, cuja função é preparar o exame ou leitura do paciente por meio de aparato tecnológico e, por fim,  o paciente, se os três forem, como sói ocorrer, pessoas comuns, incapazes de averiguar uma doutrina,  senão sob leitura limitada e fundada mais em opinião que em doutrina, não haverá o levante de nenhuma doutrina; apenas se cuidará de opiniões falíveis, inseguras. Portanto, o que deveria (ria!) engendrar infinitas doutrinas, às vezes não dá senão uma trídua opinião de espião 007, centrada em  obediente opinião de bom moço-agente secreto de Hollywood; sendo a opinião algo mais leve que o pensamento, com leveza e até leviandade para com as doutrinas alheias ao seu chapéu, as quais "medram" no tempo e no homem, que é o tempo vivo, mas possuem o defeito crasso e crônico da solidão sob crânio. Inevitável!
A comunidade dos homens e sua cultura parecem destruir a consciência inata, a liberdade nata de pensar e, concomitantemente, mata no nascedouro, ao que parece, a inteligência natural, substituindo-a por escola, ou seja, por doutrinas alheias ao  cérebro que as  recebe e que as plasma em transplante como se fora sua ou seu coração valente de valete no poker a bater acelerado, mas em ritmo sadio de pandeiro e passista.
O saber do sábio nativo ( todo sábio é inato, congênito, não genético, nem genérico) é a natureza dada na baba do quiabo, na rebarba do diabo, entre  ente natural e o artificial, advindo a cultura e da natureza.
Entretanto, essa sabedoria não passa à tradição, nem sequer está na cultura do tempo; é um saber de alguns indivíduos desprezados pela comunidade científica oficial, um saber exclusivo e espontâneo, cujos sapientes são compungidos por lei, brasão  e armas ao silêncio em vida, coagidos com unhas e dentes do senhorio do tempo, os quais  fazem o povo crer que essa espontânea ( gaia ciência) é uma sabedoria irreal quando, em verdade, a sabedoria ou inteligência inata da nata dos intelectos jamais se torna oficial ou canônica, mas vem viger no apócrifo, pois há os homens sábios, "avis rara", versados na ciência e dotados ( superdotados) na onisciência do humanismo-iluminismo, os quais são seres humanos reais e se preocupam com entes humanos de fato, não com ficções ou grandiosas realizações de engenheiros da robótica; tais seres da ficção científica ou jurídica são tidos pelos visionários como Nietzsche como homens do futuro ( ou máquinas, submarinos em Júlio Verne, em outro verve), ou seja, seres ficcionais de um tempo que não há no presente ( nem pode!), nem haverá no futuro, que será presente tal qual o presente tempo de hoje, agora, pois o tempo é vital quando realidade e imaginário enquanto idealidade. O tempo é o deus vivo no homem em transcurso de vida :  Cronos, crônica são algumas de suas manifestações. Tempo é parcela de vida injetada no conhecimento, mas não no conhecimento dos homens, a erudição filosófica, artística ou científica, porém sabedoria, que é a prova da vida no conhecimento ou erudição artificial ( a ciência, tecnologia, filosofia) criada pelo ser humano em cultura, desenhada pela língua para falar, escrever, ouvir, calar ou dançar com signos e símbolos, esculturas no ar, no papiro, na pedra, na estela, no obelisco, no pensamento geométrico, etc.
Os escritores ou ficcionistas do tempo descrevem o homem em ficção enquanto ser do tempo futuro; abordam o inexistente ; o filósofo profundo, em contrapartida, põe este homem fictício na realidade do homem comum, o simples, o simplório, cuja realidade e idealidade é apresentada ao tempo ( presente) como animal de fábula : um ente humano ridículo e quase sub-humano que não logrou a provar os sabores da natureza e, portanto, por esta desfeita, não atingiu o ápice da condição humana que é  ser sábio, ou o provador da  natureza :  O degustador, o farejador, o observador astronômico, a olho nu ou vestido, o sentimento do tato, o ouvinte do vento que tateia a tez. Não um mero animal alienado nas fábulas que, "mutatis mutandis", são o pensamento, a filosofia, a ciência, as atividades intelectuais e físicas do ser humano íntegro, integral no sábio. "Ecce homo". "Homo sapiens sapiens", aquele que sabe que sabe  que sabe e que não sabe que não sabe : o sábio. O ser vivo que prova, degusta, mostra e demonstra a verdade, descobre a aletheia. Aletheia!
Existe apenas um homem : o sábio natural. Os demais, que provêm da cultura e lhes presta culto, são meras ficções : homens artificiais, artefato humanos construídos politicamente pelos instrumentos tecnológicos da cultura: língua, rituais,  artefatos, instituições... : o mundo do homem está fundado nessas duas interpretações intercambiantes, interativas.
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sábado, 14 de dezembro de 2013

SINCERRO, SINCERRO! - wikdicionário wikcionário


Sou o homem da poesia
este que fala sozinho
com seus botões
com seus versos
pintados de signos,
pilhados em signos
com estofo de símbolos
em  escrita de escriba hipócrita
ou sendo sincero na senda
como o cerro e o sincerro
que encerra o certo na serra
na guerra, na terra.
O sincerro é para ouvir
por onde erro
o animal no cerro
e dentro do homem sincero
que se encerra no cerro
e vive inserto no sertão incerto
ouvindo o tilintar do sincerro(sincerro!)
o qual  ouviu e ecoou o profeta indignado
ante tanta ignomínia!...
- Ante a anta
e antares
por cima dos ares,
mares, gares...

Há, por certo e perto,
o homem da medicina,
o da cúria, da bazófia,
da incúria, do coringa...
o homem de boa-fé,
de fé, já de pé
ante o dilúculo
com lúpulo
e este que escreve solitariamente
ou para a solidão e solitude grafa,
glifa o glifo : o grifo e o hipogrifo.
Grafo, gravo, desagravo o grifo, o glifo,
mas não deixo de ouvir o tinir do  grilo
que estrila do mundo natural
algo de criatura escondida
a cantarolar ao criador :
estado estando à sombra da alfombra...
escabelo de belo cabelo descabelado
da Berenice com sua coma
e espargir pelo céu
véu vetusto não cerúleo.

Sob a marquise,
ombreando com a pilastra,
faço subir uma coluna de fumaça
( fumaça de fumo, tabaco)
pela coluna que sustem a mole da construção,
pois sou homem
e o homem não é homem sem artefato.
( O homem é o homem,
a mulher a mulher
com a língua da cultura na boca
e na mente aculturada,
cultivada, cultuada, culta, em culto,
com a língua mordendo os dentes
com a lenga-lenga da cultura
que nos torna ridículos e geniais,
sábios e tolos).
No caso, o artefato é um cigarro
que dá pigarro ao médico
o qual  cantarola, em sua barcarola,
o védico do médico,
seu mantra, sua menta,
em contraparte ao que sobe do nariz
em meu espantalho
enquanto empalho a palha
onde se enrola o fumo,
fruto do tabaco
a caminho das cinzas
que o penitente profeta judeu
espalhou pela cabeça
depois que rasgou as vestes
num gesto violento de indignação
ante tamanha injustiça e opróbrio
que é a comunidade humana
também denominada "humanidade"
( Entrementes, o fumo se enrola no fauno
e a fauna é escuna que navega na flora,
vela à mezena.
O homem, a mulher,
é a escuna e a mezena na escuna
ou fora do nado da nave :
peixe em terra,
no rio ou no mar oceano).

Manhã cinza,
amanha a manhã cinza;
maninha manhã
para manha de maná
que não tem por cá
não sei porque.
Já, até enjoá, manacá tem por cá,
para lá e para cá da sebe com o cheiro
a se doar jaca e jacaré
em ré na partitura
de dia cinza.
Digo que dia cinza é zinco do diabo
e em céu cinza, seu cinza,
também diabo acho;
mas vida cinza segue, chuva cinza má
bate na face do casario cinzento
sob os quais abrigo-me e abraso-me de gris
no grupo do grou
pelo campo do oleiro...
onde me agacho, fumo um cigarro
e olho a chuva cinza
porquanto sou o homem cinza
que o gris engrola na língua do grou e grua crua
enquanto evola meu ser em fumaça
de sonho que não vingou
nos caminhos dos ares
com pés de vento,
pés de araruta no ventre,
cabeça de vento
no pente
e rota ruta de fruta
que se furta
em furta-cor
para ser  frugal
e fuga do frugal
no frugívoro
que devoro
no ato do coro
do teatro grego
sem grego
ou prego
para martelo
da bruxa
ao pé da cruz
de Jesus
morto
no horto
e ortográfico
nos evangelhos
em exortação papal
na encíclica "Evangelii Gaudium"
de um puro Francisco
de límpido olhar franciscano
em Companhia de Jesus.
( "Meu olhar é  nítido..."
no girassol do campo e do monte,
pastor apaixonado,
eremita sem sua enamorada
- minha girassol
que gira até lua
no girar do girar
e girar...  do pião!, rufião...

ó rufião, vide rufião em zootecnia!).

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Ficheiro:Van Gogh Twelve Sunflowers.jpg

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PERFUNCTÓRIO(PERFUNCTÓRIO!) - wikdicionario wikcionario



Mirando o retrato de minha mãe na puberdade
observo e sinto
que em seus olhos
eu já olhava extasiado para o mundo:
o mundo azul da Terra verde.
Eu já estava ali no universo
presente na metade do corpo dela,
pretérito no meu tempo de ser em carnação;
mas estava, naquele tempo,
antes de ser sequer rasto de feto,
pacto de óvulo e espermatozóide:
a meio-olho, ao meio-dia, meio-tijolo :
algo meã, a meio caminho do caminhante,
a um tiro de caminhão,
caminhando, em jornada,
jornaleiro à jorna pago.
( Mas mais bela  ao verdejar era a alga
marinha em seu seu verdor
composta em doce glicose,
a um passo de dança da compota
e dois passos da melodia do violinista verde de Chagall,
que colhia o verde do meu pai,
que quando bêbado esverdeava,
descendo o verde dos olhos à tez...
Porém,  perfunctório(perfunctório!) o mundo
em atos de governos virulentos e violentos
que invocam uma epifania de  Black Blocs
para espatifar vidraças
de instituições vestidas para o crime
permitido em lei capitalista,
comunista ou oriundas de repúblicas réprobas,
porém por demais democratas ou socialistas:
todas comprometidas com a corrupção
dos homens que as dirigem
e vêm a dirimir as querelas da justiça
consubstanciadas por ladrões e sicários
que empregam doutos
a serviço do direito e da ciência,
militares e milicianos a serviço mercenário
das forças armadas,
as quais defendem as debilidades políticas,
sociais e econômicas de um sistema
aberto para poucos sócios
e proibidos para todos os insolventes, inadimplentes.

Em posse da minha metade
naqueles olhos negros
de minha mãe
vi, via,  a metade da minha verdade,
meia realidade,
a meio-olho ou um olho ciclópico,
não com ou à meia luz,
mas com luz integral,
( ou vagalumesca na vaga do vagalume :vago lume)
se não fosse treva
de três trevas (tri-trevas)
ou trevo de quatro folhas
desverdeado pelas trevas tríplices
o que cavava o espaço do momento
antes do lusco-fusco
anunciar com anjo
não uma criança bem-nascida,
mas sim uma mulher na noite
pintada, sinalizada, por Joan Miró
em seu tratado pictocráfico
de príncipe-menino e princesa-noturna.
( A outra metade do meu olhar
estava nos olhos do meu pai
que via o outro lado do mundo
com outros hormônios,
outro ego e corpo meu apartado ao meio
a fio de espada do tempo
que ainda não era
na minha Era de Aquário,
signo de Virgem
nas constelações do zoodíaco
que deita de-noite
e dorme de-dia
e acorda na madrugada do acordo
com a corda ou seno
para trigonometria, alaúde, patíbulo
ou amarra de peças ou pessoas
em leva de prisioneiros
com séquito de soldados que marcham
com a cabeça no papel da lei
para cavaleiros lendários sem  cabeça
à frente da caleça,
coração ao meio,
partido.

Quando se juntaram,
unindo-se em mãe e pai,
as metades antes dispersas neles,
pelos medos e persas
caminhantes caminheiros
dos caminhos e descaminhos dos caminhões,
ocorreu a unidade daquelas metades
em uma verdade, uma realidade
e então se fez a luz a vagalume,
criou-se os céus e a terra,
as pedras e os petréis,
as ervas, heras, árvores e as lianas,
reptéis, anfíbios, mamíferos, peixes e aves,
tal qual  as vejo, sinto, penso
e ponho feito ser
junto ao fungo,
planta em que ponho o chapéu
e tiro tirocínio do céu
do petrel e outras procelárias,
bobos com suas almas-de-mestre
voejando em calmaria na procela
que fustiga com fúria
e faz balançar perigosamente
o maior dos transatlânticos.

Desse encontro
de amora que se enamora
nasceu minha cosmosvisão,
minha verdade e realidade
-  nasceu o que sou eu,
parte de mãe, parte de pai,
quando apartados,
e junção deles, empós o amor,
que acordou vencido pela barra da alva,
vencedor na flor de laranjeira, aromática,
no mundo que me não  leu,
nem sequer soletrou solerte
e me  não subverteu
na sua ginástica de exegetas e hermeneutas
das ilhas Aleutas,
nem no prazer inenarrável de ouvir alaúde
ou o terror pânico de ver o ataúde
que se dispõe a receber
o corpo do morto,
que é outro ataúde
de onde a alma e o espírito empreenderam fuga
na tocada e fuga singela do alaúde
com aletas na alma de Bach.

Mãe acaba de perder um corpo;
todavia continua com oito corpos de filhos
e outros tantos de netos, bisneto, tataranetos
que virão na viração :
mãe continua com chance de eternidade,
mirando o mundo dos meus olhos,
ouvindo com meus ouvidos,
lendo os poetas românticos
na biblioteca de "Alexandria"
que eu trouxe para dentro da memória
onde há uma pinacoteca,
museus de ciência...
- e a fusão de dois corações
em um coração vigoroso
imperturbável, impassível  nas borrascas,
inabalável nas intempéries,
em calmaria de procelárias
sobrevoando a procela a bramar,
a bufar bafejando o Zéfiro dos foles,
da gaita-de-foles com fôlego,
do pulmão, pneu, pneuma, atma
que inspira fora do mundo,
que é por  dentro o ser humano,
um microcosmos apartado,
e expira no mundo,
o macrocosmos a rodear o corpo humano,
em forma de música, melodia, ritmo
em dedos com dados de geômetra,
harmonia na arritmia, contraponto...: ponto!
- Pronto contraponto!

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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

SUBSTÂNCIA(SUBSTÂNCIA) - etimologia etimo verbete

Cobra Urutu Cruzeiro
Sugiro a Deus,
se é que Ele continue a ser elencado
entre os seres,
- que reinvente, recreie-nos!, crie, recrie - o tempo,
modificando-o, inovando-o no ovo,

( ab ovo e - "abre ovo!" )...
- Sugiro!,  enquanto sujeito,
que o tempo não seja mais algo fixo,
porém um portal aonde possa passar o ser humano
- portal de entrada e saída
de um mundo que foi real
e continue sendo-o na senda,
na venda, no escambo, 
no amor que arrepia...
ao bel prazer de cada um
que vá e venha em revisita
a um tempo antigo que retorne ao cotidiano,

que vá  a pé, agora e hoje,  ao pretérito
e do passado ao hoje e agora
seja um passo
ao paço(paço!),
porém não enquanto e apenas 
as penas de uma memória nostálgica,
mas íntegro, completo, 
com todo o seu cosmos,
plexo, nexo, sua complexão e compleição,
a qual fornecia corpo e alma,

espaço e tempo,
para todos aqueles seres humanos
abrigados na casa daquele tempo
em que o templo, agora em pó,
a consonar com a profecia,
estava em pé com pedra calcando-o
e ao pé  do tempo

e da escadaria que corria ao templo
feita criança efusiva.

Templo no tempo, então,  em retorno pleno,
na categoria substância(substância!),
que sustem a tese de Aristóteles.
Templo no qual se ouvia recitar 
( e se pode ou poderá ouvir 
a qualquer instante)
o arcanjo e o serafim
em preces sem fim
- com récitas para três violinistas azuis-miosótis
e dois violinistas verdes-rãs,
com face no anfíbio,
no sátiro, no fauno...

 
Sugiro à divindade 

que eu possa visitar,
revisitar,
o tempo em que meu filho e minha filha
cabiam no espaço emoldurado 

das teias de teses que a aranha esqueceu de arranhar,
- teses, em tese!, de susbstância temporal
que os vestiam com tez de crianças
e eu com um capote de pai inexperiente,

pele incipiente...

Faço esta sugestão,

que é uma eufêmia,
ao Ancião dos Dias :
que eu possa retomar o caminho
( ou ir ao sapato!)
da casa paterna e materna
como quando eu era criança
e podia conviver com meu pai e minha mãe
naqueles tempos de antanho
com fogueira de São João a queimar
e estanho a espocar seu grito de lata
( o grito do estanho no quadro 'O Grito"
- de um Munch boquiaberto
entre a corrosão da ponte
e outras ligas metálicas
que não possuem o metal cassiterita,
de onde vem o óxido originário do estanho).

Liga metálica e não-metálica
de estanho com estranho!,
sugiro ao senhor Deus dos homens justos,
dos homens de bem,
dos virtuosos arrolados em Ética a Nicômaco,
da lavra do filósofo estagirita,
( quão presunçoso sou e solução na solução!
- que tudo apaga com rasto d'água)
que o tempo soprado no oboé da bolha
- como melodia da infância,
insuflada pela oboísta-criança,
crie, recrie, recreie com o universo-tempo
aonde possamos trafegar,
trafalgar, quiçá,
antes que o demônio no homem
tome pé sobre as cristas das ervas escarlates
derreadas no sangue derramado inutilmente
pelo punho-punhal em serviço nas aras,
porque ruim o ser humano é
e tão nocivo
que o santo
é sua pior forma de perversidade
-  hedionda!
( Hediondas suas ondas senoidais!
O que não é de onda!...
mas de loca
onde se esconde a louca moréia,
sob arrecifes, restingas:
escolhos que não  escolho
olho no olho,
dente no dente...dentina!).

Sujo sugiro ao deus dos totens e tabus,
dos caititus, das urutus , dos urubus,
porém não do que o arcabuz
busca
no rastilho da pólvora
- em polvorosa!
( Goza e glosa
a morte de um grande diabo
que está no mundo
e é o mundo no giramundo
e no redemoinho que enreda
o vento moenda na moenda
- dos glosadores!);
sugiro  no giro do redemoinho
d'água e vento,
ao deus do redemoinho,
ao velo velho do vento em espiral...
- a estes com dez denários, enfim,
sugiro, por mim e para fim,  esta hipótese :
que o que nos enfileira em leva de prisioneiros do mal
é o grande diabo que mata
quando nos esgueiramos sorrateiros na mata
ou nos protegemos ( e aos genes!)
sob a casamata com paliçada :
ele, o grande diabo,
dá-nos, aos dentes viperinos,
uma dose do mal
que nos envenena
e leva o próximo a morte tóxica :
hemotóxica, neurotóxica.


O estado de direito
ou sem direito : de fato, 
é o grande demônio
devorador de homens.
Não, Rousseau, o homem não é
de todo mal,
mas quando em   instituição
ou na forma coletiva,
ou seja : em sociedade corruptora, 
o estado é um diabo fora de controle,
que domina e embriaga seus pretensos controladores,
seus políticos e seus pensantes cientistas geopolíticos:
é a polícia que massacra indefesos,
enquanto corporação(corporação!)
ou corpo de monstro sanguinário,
o juiz que age pelo algoz,
o direito que aniquila as mentes
com seus embustes doutrinários
e seu doutos escravos e mendazes,
pois tudo o que é oficial é mendaz :
mente descaradamente tal qual, ou mais,
que a mais mendaz das marafonas.

O mundo é o grande diabo preto e branco
- em preto e branco crucificado no xadrez,
n'álma das crucíferas
cruzeiras no céu noctívago
e na cabeça da urutu
rastejante qual arroio de rocio 

marcadas por patas de rocim com veneno
- e cruzeiro benzido na testa
( essas urutus cruzeiras!
com o sinal da santa cruz
na terra da Vera Cruz))
sob as ervas daninhas
aninhadas na terra chã,
ao rés do chão,
por escabelo dos pés...
de Nossa Senhora,
a Virgem Imaculada
que pisa a cabeça da cobra
no céu radiante

Entre nós, a nos separar,
não a nos atar nuns anuns,
no meio do caminho do "pinhéu" onomatopaico do gavião,
a alguns passos dos sapatos,
a urutu nos guarda do nosso amor. 

Bothrops alternus no Rio Grande do Sul, no Brasil.
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