domingo, 23 de dezembro de 2012

EXEGESE(EXEGESE!) - etimologia léxico


DESEO :
" Sólo tu corazón caliente
y nada más".


Mi paraíso, un campo
Sin ruiseñor
Ni liras,
Con un río discreto
Y una fuentecilla."

Assim cantam uns  versos  aquáticos de um poema de Federico Garcia Lorca, poeta lírico e dramaturgo espanhol de boa cepa.
No Tanack (Tanach, Torah, Pentauteuco, Testamento ou testemunho fidedigno) está escrito ""Não desejarás a mulher do próximo...", mas a exegese pode ler "n" sentidos e razões neste "logos".
 O carro, a mula do próximo são do próximo, pertence-lhe, porquanto não apresentam jamais resistência, não tem ser por dentro para se amotinar, insurgir, revolucionar, ou evolucionar,  mover, enfim,  o cosmos das relações pessoais, até personalíssimas, ou  consigo mesmo; portanto, enquanto entes em passividade pétrea, só são separados do próximo em caso de alienação, na troca, no escambo, que não são atos de objetos, porquanto o objeto é sempre um ente passivo ( o objeto é passivo, não passível, ao passo que o sujeito é passional, move o ser; esta oposição é  que dá empuxo ao movimento da mente e do corpo leve no balé de Degas e de Nietzsche, o levíssimo, habilíssimo, agilíssimo  bailarino do pensamento). O objeto está integrado ao patrimônio : este o seu estado.
Aliás, objeto tem sua existência restrita ao estar, ao estado, à passividade interna, não em  energia, mas no setor de sistemas nervosos centrais e autônomos, que movem ou regurgitam o ser do interior ao exterior;  é um estado da matéria e um estágio da energia que o perfez e o mantém unido; no objeto não há manifestação de ser (epifania, epifania), porquanto o fenômeno é tão-somente de ordem material e energética, sendo que energia e matéria são substratos mútuos do mundo ou universo, mas não ser. O objeto, está, está na tese, enquanto objeto de tese natural e intelectual; entrementes,  não é, não tem um ser por dentro que o move, um ser expresso pelo vocábulo latino "alma", que configura o ente movente.
O ser humano é alma movente por dentro e corpo movente por fora : o ser é movediço na areia movediça do corpo e na areia para ser mensurada (razão, racionalidade) na ampulheta da alma do inventor ( o ser humano), que é o mesmo que dizer a palavra espírito ou pensamento par a exprimir as funções nominais no "logos" da matemática e na lexicografia.
A mulher não é mais um patrimônio acrescido ao bando de animais que porfiam diuturnamente por território e fêmeas, lei que vigora entre os leões, os chimpanzés e nas interações políticas de outros animais na fase do acasalamento. A mulher dá razão e azo, ou vazão, às relações políticas  que se consubstanciam ou se consumam no matrimônio. Esse vínculo garante ou facilita  a criação dos filhos, na divisão de tarefas, ou seja, ela responde pelos filhos enquanto estão sendo criados,  enquanto crianças. Na hermenêutica (hermeneuta)  bíblico do tempo ela era submissa à missão do homem, do homem enquanto patriarca. O patriarca é um objeto de alienação do pensamento do homem, um objeto posto, em tese, pela tese, ou seja, pela posição e modo de por do pensamento contextual vinculado à costura do tempo que os vestia da cultura em vigor.
A  mulher, (e o homem!),  enquanto ente que manifesta o ser, "in casu", o ser humano, e, portanto, um ente pensante ( de razão, "ratio") e desejante (volitivo, de volúpia pia(volição!) no matrimônio, na sem-razão quixotesca do idealista incauto, politicamente desprevenido e despreparado para viver, por carência de traquejo social), pode não ser  mais do próximo, não ser em ser foro íntimo mais a mulher do próximo,  mas apenas estar com ele, sub-júdice e sob jugo de lei ( ou ela, caso a mulher seja em lei  o outro cônjuge sob  o jugo da lei cível, que os amarra ou prende num contrato, porquanto a lei é contrato em sentido lato e estrito, concomitantemente,  conquanto passível de anulação, de nulidade,  ou ser revogado tanto quanto qualquer contrato menor, ou seja, firmado entre partes interessadas e rescindido quando não há mais interesse mútuo e um está a prejudicar o outro); e, neste caso, o cônjuge em prejuízo está com o outro, tão-somente em função do liame legal, ( que cria tal estado e este estado que nos subjuga ao subsumir determinados atos ou ações perpetradas por nós à sanção da lei, a qual nos pune ou beneficia); isto, estes fatos descritos, pensados, ocorrem tão-somente  devido à escravidão de letra de lei em contrapartida à liberdade  do absoluta do espírito humano, que não vige debaixo de norma, mas se firma e se ergue em exegese, hermenêutica, ou seja, tese : põe ou posiciona ou torna positivo, como queiram, o ser no mundo enquanto tese( postulado, doutrina) do espírito (pensamento) do ser humano vivo. Tese esta que sobrevive ao corpo ou se torna o corpo em signos e símbolos dos escritores, pintores, etc.
Vide, e vige no pensamento vivo,  o 'Espírito das Leis", obra ("opus") escrita por  Montesquieu, que, destarte, com esta tese deu o ser à lei : o seu ser ( o ser dele, agora em letras que guardam o cérebro vivo nos desenhos do pensamento em signos e símbolos).
Sendo, e o é,  a mulher atual ( e atuação, "ator" ou atriz que representa-se no palco teatral social, político, de sua época), livre do jugo do esposo, ela pode, sem embargo,  estar com ele, por coação legal, mas não ser dele, pois o ser é dado pelo ser humano no pensamento e depois desenhado no "logos" na escrita e na fala(canto), porquanto essa é a linguagem própria para ir de encontro a tudo o que é humano. O ser não pode ser alienado, senão enquanto pensar e por estar  no mundo cultural em tese  do pensamento; estar em tese no mundo, tal qual o fizeram Jesus Cristo, cujo ser subsiste numa instituições ( ou várias) denominada igreja ou assembléia, porquanto era a ideia de igreja, ou assembleia, enfim , da comunhão e comunidade dos homens que moviam o pensamento em tese de Jesus Cristo. Isto se dá com as instituições fundadas no pensamento de Buda, suas meditações e técnicas e outras entidades as mais diversas, como empresas, associações, fundações, etc. É uma seara política sem fim.
A linguagem para se relacionar com a natureza é a geometria, que ganha escrita (signos e símbolos) na linguagem das matemáticas e da álgebra, que encaram e encerram ( não encerram , melhor dizendo) o vasto abstrato cavado no mundo mental, intelectual. A linguagem do ser e para abrir o ser no homem e  na mulher, consortes independentes da escrita em lei, é linguagem com palavras, desenhada nas senóides das vozes e da escrita, que canta o coração nos poetas em suas respectivas línguas.Oh! os poetas, estes somente podem ser lidos e degustados em suas próprias línguas, jamais no verter em tradução. Não se verte o que é doce ao coração : o amor, espírito de tudo : alma da vida. Ah! este insuspeito ser de dúplice alma : o homem, a mulher, cindidos pelo gládio da " justiça" firmada em lei e contratos que tais!...
O ser, que é o sujeito ativo ou passivo, o ente com ação interior,  tem seu "logos" ou verbo ("verbum domini") na língua falada, cantada, escrita; no léxico e , mormente, no canto do poeta; daí que não continuar entediado nas teias da lei, mas foge com Cristo para as teias do amor, pois "Deus caritas est", grafa a epístola de São Paulo apóstolo, em língua de anjo, ou seja, de poeta.O estado ou estar tem sua linguagem nas matemáticas, pois são objetos do sujeito e não se afundam no universo subjetivo, um buraco negro em direção ao fundo do copro humano anatômico e fisiológico e lógico, poético, musical, político, em sua "Encomium Moriae". Todas a ciência humana não passa pelo crivo da "Encomium Moriae", pois tudo é o que é humano é mera economia da loucura. O mesmo apóstolo, São Paulo, dí-lo com todas as letras em uma das suas epístolas, o que Erasmo de Rotterdam só faz repetir o dito do apóstolo das gentes ou do gentio.
A volição é o movimento ou motivo do espírito (ou pensamento) . O ser é volitivo e evolutivo. Os pássaros estudados (objetos) por Darwin, nas ilhas Galápagos(Galápagos!) , são, ou seja, são seres, na infeliz redundância que nos faz descair a língua portuguesa, com certeza um idioma ótimo para mercar, porém ruim e pouco eficaz para pensar profunda e profusamente.
A lei em atuação,  o que quer dizer, o espírito ou tese de época (posição dentro de um contexto de terra, trabalho, relações político-econômicas que desabam no Direito e nas ciências, enfim, em todas as formas de relações ou interações humanas) posicionava a mulher como objeto  a ser alienado no comércio do amor); o novo "espírito" ou tese, ou exegese(exegese!) contextualizada pelo fluir do teatro atual do ser em palco social, comunitário, político, também põe o homem sob o jugo da lei, no mesmo patamar; ou seja, o eixo do objeto apenas se deslocou e ampliou o foco e apanhou todos os seres humanos agora dados ao comércio do amor", como dizia Montaigne. Todos estamos sob jugo legal; este nosso "matrimônio", no qual nos tonamos patrimônio do estado, através do "estado de Direito", que nos subjuga com leis, ou seja, escraviza, não mais apenas a mulher, mas todos, independente de sexo, "raça", fortuna ou o que quer que seja. Não co-pertencemos ao estado, como é assinalado em lei, de forma sutil, sub-repticiamente, mas pertencemos a este enorme Leviatã, que se enrosca até me nossos sonhos. Destrói o "foro íntimo" que imaginamos ter no ser que somos alienados, posto na tese do estado, que domina tudo : é o senhor absoluto, que serve como camuflagem para os seres humanos que dominam, que detêm o poder do estado assalariando sicários e outros lacaios servis, subservientes. Paradoxalmente, o estado, que é o Direito,  deixa que em inúmeras situações, que interessam aos todo-poderosos, que o ser humano defina sua vida em âmbito restrito, adstrito ao seu casamento e relações, laços, liames menores, mais brandos , nos quais são atores e atrizes os amigos, o amor, o trabalho, até certo ponto que não ultrapasse ou extravase o limiar do crime ou o tabu sempre um totem sem ou com corpo de artefato.
Jesus Cristo aboliu a lei; ao menos esta tese está a consonar com o que diz São Paulo, apóstolo. Todavia, a visão genial desse homem notável, profundamente e precocemente sábio, que foi Jesus, é a visão do reflexo de um  Narciso n'água, "suicidado", ou seja, que não cometeu suicídio, nem o  premeditou, mas que, ao se ver no espelho social, político, e, ao se refletir nele, que não é o mesmo ato de ver (refletir e ver), acabou se afogando na pequena lagoa dos anões no poder ( há milênios no poder político, graças às suas trapaças, Marília bela, minha única estrela do norte!), criadores da cruz e outros suplícios para os outros, apenas para se vingarem da própria cruz que carregam pesada : a feiúra de corpo e espírito que os perseguem toda a vida, existência fora."Pérfidos anões!', diria e disse Nietzsche, em sua obra "O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música". Em alemão :"Die Geburt der Tragödie aus dem Geiste der Musik", obra reeditada com o título : "Die Geburt der tragödie, Order :Griechentum und Pessimismus". 

 
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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

CANAL DA MANCHA(CANAL DA MANCHA!) - etimo etimologia


Um poeta nem sempre,
nem sempre-vivo,
nem-sempre-vivo
na sempre-viva vida,
quiçá, assaz vivaz,
quando muito,
usa do chiste:
outro chicote,
na chacota, chalaça,
na massa atômica,
molecular, nuclear...

Chiste, não xisto,
que existe
(eu existo,
"logos" penso,
apenso o senso)
para açoitar,
açodar, acicatar...
Acicate.

Todavia, quando fala da planta,
diz da botânica
( o bardo se espreguiça
em saltério na botânica)
e mais que a botânica
aborda a biologia viva na enguia,
discorre córregos que correm
em corredeiras de águas sombrias
a buscar a cássia
vegetal feito em água de dentro,
por dentro, água nuclear,
eucarionte fonte
de mel e leite
no jardim de dentro do ser,
à espera das hespérides,
buscando a origem da vida,
a alma na glicose,
a mãe no ventre
onde pisou primeira terra
prometida, em embrião e feto,
o aedo que produziu a gesta
e a besta
- na fera e no artefato.

Oh! o feto arbóreo!,
boreal no vento
( Bureau na política paleolítica
em pálido estágio de pedra ),
no vento que venta
que vem e vai
varre e inventa
no que venta
nas ventas do derviche
que gira, roda,
revoluteia em teia
de aranha
que arranha
o arranha-céu
com garras felinas
fincadas no flanco
da abóbada celeste (- Alceste!)
que veste a leste
e a oeste deste itinerário
descoberto, desvelado...
posto ao oposto
do homem que velou
em tese do intelecto
ou mero ato físico ( ou tísico?)
do feto desarvorado
em abrupto aborto
torto morto
hirto no horto
caído da queda do anjo decaído
- pois folhas são
quais anjos,
iguais a arcanjos,
penduricalhos em árvore
de folhas caducas,
caduciforme, não-perenes,
infensas a não-queda
sem para-queda...

Quando canta a flor na mulher
canta a floresta negra,
o rapsodo, o trovador,
que encanta o canto
no chão do cantochão
com folhas amarelecidas de outono...
canto o chão!
aonde ela pisa
lisa de Elisa, cartão Visa
net.
(Não é, meu neto?!).

Ah! há a floresta de bétula
- noiva de branco,
mas não a mulher alheia,
a feia alheia,
bela na inversão da paixão
que espia e expia
os meus olhos
em expiação de espião.

Folhas escritas em versos,
cantadas cantatas
em liras de Marília de Dirceu
ou do pastor apaixonado,
perdidamente apaixonado
pela bela árcade,
longe da Arcádia,
errando pelos campos e vales
e prados e riachos
com pés descalços n'água límpida
do arroio em arroz
plantado
no que o olho é verde
ou negro na amada
que olha do escuro
da noite na alma
de Joan Miró
em  mulheres noturnas,
Chopin em noturnos
e São João da Cruz
no claustro silente
penitente.

Sim, a Cássia,
acácia...:
a Cassia, no espartilho da flor amarela,
é uma mulher
e uma árvore da vida :
A árvore que doa,
dota, adota a vida
corrente rio na seiva
e refletida pelo espelho do sol
no Narciso a se mirar
na sacarose,
maltose, lactose...
que são o que é o mel
no verde vegetativo
em sistema nervoso
( um rio em verde
à jusante e à montante
pelo corpo do poeta)
tocado pelo violinista verde
em ósculo com a música
e a musa do azul
- do azul violinista do anil,
na anileira em floral
de Bach frugal,
fuga de Bach,
- Bach fisioterápico
em pico de capitalismo
picante
sem marca de Marx.

Não posso dizer
do amor que sinto
nem a que venho
porque vivemos,
minha bela,
sobre a pressão das palavras
- sobrevivemos sob a prisão das palavras:
O mundo é uma prisão de palavras...
ergástulo em palavras,
letras de lei,
signos de reis,
insígnias, símbolos de imperadores
- dos horrores políticos
perpetrados sob sol e chuva,
noite e lua
no anel da menina bela,
ancha do anjo da verdade:
ancho o peito no seio,
coração palpitante
de vida e amor,
que é mais vida
- e mais amor
e...

Um poeta
ou ensaísta à vista
nem sempre usa de chiste
- chiste que existe
para açoitar os lombos
dos quilombos,
dos gongos, bumbos...;
contudo, quando fala da planta
- que planta!
fá-lo no "logos" da botânica
ao nu do olho
fincado na raiz
de botànica agônica
que, destarte, de certo disserta
sobre a cássia ( "cinnamomum cassia "),
Cássia-imperial ("Cassia fístula"),
buscando a fonte da vida
na alma de fronte à glicose,
especulada em Narciso,
e a mãe na madre,
na madressilva....,
onde provou primícias da terra :
Gaia, Gaya, galha! :
Gea, Géia (geléia!), Gê, geada...

Uma mulher
é uma árvore da vida
e do conhecimento do bem e do mal
do zen e do mel
do fel e do véu,
mas uma mulher
por bela e doce
tem sempre um travo
amargo
que vegeta e é vegetal
no sistema de nervos
com autonomia inata,
lei nata,
no leite, leito e flor fosca,
tosca em tosa de olho
que a vê
tosa musgosa
glosa.

A mulher (e o jacaré)
é a árvore que doa a vida,
doa a quem doer!
- Vida corrente curva na seiva
e refletida pelo especto solar
no Narciso em glicogênio
tocado pelo violinista verde
em ósculo com a música do azul
violinista do anil).

Os poetas arcaicos
e os árcades
não nativos,
mas inativos, da Arcádia,
usavam nomes mimosos
de Marília, Natércia e Beatriz
para formosuras casadas
em suas travessuras.

Em sua botânica,
na botânica na mulher,
(e falo da raiz do homem
que é a mulher,
sem tocar a cítara
do amor platônico
nas canções sem Musset :
musselinas em musas
e músicas em poesia
que Lia lia antes de Raquel)
- no sistema vegetal da mulher
o homem no hímem cata a vida
na folha virada para dentro
do olho interior
do ciclope cíciclo
que olha para o fundo
do abismo profundo
que a mulher
às vezes é
na paixão sem Cristo
do natal triste
de um monge que existe
para parodiar o chiste,
bem triste
do amor que foi
morrer no desterro
do desprezo
pela mulher
que antes amara
no verdejar da Cassia
na gare do violinista verde
quando o tempo
não tocava o escuro
no coração partido,
não mais partilhado...

Isto é de dar a pena
- tanta pena!...
do amor que saiu de cena
por uma quantia pequena,
irrisória,
indigna de riso,
infensa ao siso,
maculada pela mancha
que não manha
o Canal da Mancha.


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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

UNÍSSONO(UNÍSSONO!) - etimo etimologia

Cássia-imperial (Cassia fistula)
A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
jardineira, arqueira...,
cuja flecha é a semente
atirada à maneira de projétil
lançado com a funda ou a besta
- plantado os pés ao solo de trompas(trompas!)
para aquilatar a porfia
que se afia
entre Davi e Golias...

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...
Vai, vai e vem no vaivém das estações
pela "Via Cassia"
em castiço(castiço!) latim.

Escala morros, penhas,
e entre as brenhas está
com amor de flor
para abelha se melar toda (tola!)
no todo do mel sem apicultor (tolo!)
por ator econômico.
("Spe Salvi" caso seja a personagem
divina, mesmo na comédia,
nos atos do poeta,
escrita para ser inscrita,
ínsita no espírito da tragédia grega).

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótis
a peregrinar à Meca(Meca!).

A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
jardineira, arqueira
cuja flecha é a semente
atirada à maneria de projétil
lançado da funda ou da besta
ao solo de trompas.

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...
cheirando o nariz do cinamomo
esparso no espaço que é ar a respirar
(Este o espaço!) :
"Cinnamomum cassia"
ou "Cinnamomum aromaticum"...:
madeira doce,
qual água doce,
dulcíssimo mel...

(És, Cassia, melhor que Ester
contra o Grão-vizir...
ó estrela Vésper!
- mais bela que Vênus
aglutinada na palavra
que refaz na vista
o planeta da deusa romana
em Estrela d'Alva,
da minh'alva
e minh'alma,
que não é minha,
mas tua, tua, toda tua,
no que atua

a tua alma

que minh'alma é

e ama a mar oceano 

sem fim de água azul...

- verde de palmeira

a bater as palmas

ao saber do amor inato

entre dois seres

que não podem viver em dueto,

mas sim em uníssono(uníssono!) :

um só sono
e um só sonho.
Minh'alma não é alma
sem a tua alma!
- Sem a tu'alma
minh'alma é alma-de-gato,
ave passariforme meramente,
da ordem menor dos frades mendicantes).

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótisem peregrinos (peregrinos!)
rumo à Meca.

E que chova potes
no chapéu do miosótis!

French horn.jpg

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sábado, 1 de dezembro de 2012

ADMOESTAÇÃO(ADMOESTAÇÃO!) - verbete

Meu tio-avô tinha um carro antigo
preto, daqueles tipo manivela,
mas já sem manivela (manivela!),
cujo motor fazia um ruído de gente gargarejando
com romã e água :
glute glube "gluve"
gargarejava o motor
( Será por isso que amo carros antiguados,
daqueles do tempo do dele?!)

Ele era alto, magro, moreno ao matiz  da melanina
ao "andalus" ( Al-Andalus")
dos povos de Espanha
( meu pai se dizia de Mar de Espanha!),
dos mouros, moçárabes de Granada,
contido em sua aparente frieza inacessível,
de pouca fala
não desperdiçava uma palavra,
introvertido,
calmo, frio ( frio?!) médico e homem
tal qual meu avô,
seu irmão,
que não conheci,
não sei do temperamento,
se quente, se frio, se morno,
se extrovertido ao modo do jargão de Jung,
porque morrera num desastre de avião :
teco-teco, imagino,
quando minha mãe orçava pelos seus quinze anos!
( Por isso tenho medo de entrar em avião
e fascínio por jato supersônico
rompendo a barreira do som
suspenso no ar da manhã de abril...?!
E estudei medicina desde tenra idade,
autodidata,
e em  menino inventava remédios
para as galinhas
e operava os pés lacerados dos galináceos?!
Seria rito genético
estudar com afinco genética,
ornitologia, entomologia, psicologia...
 desde os 8 meses de idade?!
Fábio de "faber" não crê,
mas Fábio de "bio"
- "sábio".)

Morava a um filete de luar de casas
lá de casa,
nem mais quadra ou quasar.
Vivia amancebado com uma mulher gorda,
muito branca, de voz roufenha,
simplória como a glória
de um homem.

Ele me parecia velho,
mas aos quinze anos
quem não é olhado como velho pelo jovem?!
( Esta a alteridade do mancebo
com a Ancião dos anos?!...).

Devia orçar  (virar a proa do veleiro brigue

- veleiro brigue antes da arribar )
pelos cinquenta a sessenta anos,
o velho veleiro brigue.

Não sei se fora casado,
se tinha filhos;
com a mulher com quem coabitava(coabitar!)
não os tinha.

À época eu não sabia
que ele era meu tio-avô.
Acho que quase ninguém sabia
e aqueles que tinham ciência do fato
mantinham a discrição do tempo
que fazia o ser do homem
costurado com o contexto temporal :
Costumes costurados ao homem de antanho.

Ele se estabelecera num consultório,
que era uma antiga vivenda,
frente à praça da Matriz
onde havia uma escultura de Cristo
toda branca de  lua no meio dia,
parecendo lua pintada da "cor" de nuvem branca...
a alguns passos do paço do cais,
que era um mirante para a areia alva,
duas rochas no meio à correnteza
de um rio santo igual a São Francisco de Assis
abençoando a terra boa
de homens ruinosos,
a cobra "mboa", no tupi dos tupis,
guaranis guapos, guaranás, ananás;
serpente constritora
que do tupi "mboa"
migrou para o português na palavra jibóia :
uma canoa com canoeiros à margem do rio santarrão
e da economia marginal.


( A memória é "um" fantasma

em revisitação a outros fantasmas...

camaradas!(camardas?), companheiros... 

...Vinha pelo caminho que vinha vendo

descendo a rua longa que via (que via!: Ápia.)

que dá no mercado municipal  

de onde subi muitas vezes bem bêbado

anos depois deste fato enfático

quando no passo do terreno baldio

onde as mangueiras em fina flor

para abelhas não-rainhas  

quando, casualmente, vim a defecar na calça curta

de menino que voltava da escola.

Fui direto à casa de "vovó"

porque lá sabia

que não haveria reprimenda, admoestação(admoestação!),

mas apenas compreensão,

cuidado e um amor infinitesimal

muito bom , que muita bem fazia...

Por isso sinto a falta dela,

até hoje sempre-viva  

- saudade escrita por poeta português :

o fantasma da minh avó materna

ainda cuida de mim no berço

que ela balança e canta

- uma cantilena para dormir!  ).

 
Quando eu ia ao consultório dele
na companhia de minha avó
ele sempre a tratava com desvelo
infinita paciência para com os seus choramingas de viúva
( Viúva de Sarepta!)
e quando ela emitia seus queixumes
sobre as dores que afligiam
todas as Marias das Dores,
suplicando por remédios
ele dizia : não é nada, Mariinha!"

(Qual o nome da rosa?!

- para mim este era o nome da rosa!...) 


Depois da consulta

quão aliviada ela parecia!

Saía aliviada da pena pesada 

que se impunha indevidamente.
Penosa carga,cruz lastimosa
de todos os Cristos que somos.

Outrossim, quando a moléstia era comigo,
olhava-me com uns olhos estranhos
de quem tinha caminhado ao meu lado
por toda uma vida antepassada
na estrada da genética(genética?!...)
e conquanto aos ritos(que ritos!?...) nos olhos
não acompanhassem o corpo
por causo do autodomínio
de um homem de cérebro gelado
e gestos contidos,
o olhar cumpria todos os ritos
de um zeloso e preocupado tio-avô
que, não obstante,
nem a palavra me dirigia,
embora me atendesse
antes de todos
que já estavam no consultório,
ainda que seu fosse o último a chegar
e o recinto estivesse cheio de pacientes.

Minha avó morava meio filete de sol
do consultório dele
mais perto dos pés descalços
do santo rio carmelita descalço
ande o profeta João
batizou muita gente
no tempo mítico
que é o pretérito
contado em fadas e duendes, elfos, sacis, lobisomens...
"muares" sem cabeça (mulas-sem-cabeça!).

Minha avó morava numa casa simples,
digna de atender à pobreza do santo de Assis,
que ali podia por embaixo a cabeça
com o chapéu de telha-vã.

Meu avô sempre marcava encontro com ela
na bela praça
que dava de olhos para o rio
cheio de amor com odor de peixes.
Até a água traz o cheiro do peixe em escamas
nas camadas do corpo-sereia.

Quando eles se encontravam
minha mãe, então com suas quinze primaveras,
estava presente.
Ele a tratava como filha que era e é
( verbo tem voz no presente,
mas guarda voz mnemônica
e imaginada para futuro sol).

A paixão do amor entre eles
é a mesma que emerge
em qualquer casal
preso à essa energia
que o corpo tem a despender
prodigalizando o melhor de si
na música que é a arte da vida
desde o soprar e puxar um oboé do vento

( do pulmão, do fole do vento!)
como instrumento de sopro
que dá o prazer de amar.
A arte é a felicidade física-química-elétrica
no corpo sadio
que pode se dar ao luxo do amor.
O amor é um esbanjamento de energia vital :
a maior riqueza,
a fortuna de ter vida plena a prodigalizar.

Quando meu avô morreu tragicamente
ele já havia acertado com minha avó
as bodas que teriam
se a morte não fizesse a travessia
pela metade do caminho
que não os separava
um Romeu e outra Julieta
que dormitavam na poética
escrita para eles, entre enamorados,
no sagrado livro do poeta santo.

Meu avô ainda era casado com outra,
mas minha avó não entrou no velório
como "a outra",
mas sim como esposa
separada pela morte
não do cônjuge,
mas do esponsais,
das bodas adventícias
marcadas para um tempo
que não existiu
ou deixou de existir com o finado corpo,
a finada energia do meu antepassado.

( O corpo é um acúmulo de energia,
uma armazém de vida,
que se consume rapidamente
quando  coração se desespera na corda,
dá corda na corda bamba,
bate desesperado para salvar a vida
e acaba por gastar toda a energia
nesta tentativa de sobrevida:
o organismo é uma fábrica de energia em produtos
e o depósito dessa energia em massa
a ser distribuído pela economia da vida).

 Os mortos estão vivos
- "in core"("in core, in core"!)
estão ativos no teatro mnemônico
e continuam com seu livre-arbítrio aberto,
ignorando os loucos polígrafos
que pensam que sabem pensar
porque sabem escrever com engenho e arte
à Camões, Luiz Vaz, "Os Lusíadas".

Não me lembra
a morte de meu tio-avô;
jamais tive notícia dessa morte,
senão num nome de avenida
em memória dele,
"in memoria Dei".
Mas se tem algo "in memoriam"
é porque ele morreu.

Não sei se ele era dos guelfos
ou dos gibelinos;
devia ter seu merlão gibelino

nas suas fortificações
ou estar nas crônicas da família guelfa,
mas nunca esteve em guerra :
só consigo, talvez.

Para mim meu tio-avô
continua vivo
com sua mulher e seu carro antiguíssimo
sua face serena, trigueira,
porque o que matou ele
foi o nome de rua,
mas não o nome da rosa
- da rosa que ele amava...
e ama!, porque é obra de Deus,
não obra do deus Cronos :
o amor é imperecível,
intangível, infungível,
sem fusível
que possa apagar a luz do sol
num céu solar ou lunar.

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terça-feira, 13 de novembro de 2012

CONSTERNAÇÃO - wikcionário verbete


Mister (é) inventar a paz
ou descobrí-la lá onde brilha e canta :
descobrí-la no colibri, lá na brisa,
cobrí-la na aragem natural
que corre mundo
até onde vai o mundo
e chega ao fim-do-mundo
para o indivíduo duo,
- dual em dueto;
solista, solipsista
ou em coro angélico no cantochão,
a consonar com a paz
anagógica na figura da pomba cubista de Picasso,
tonante na caixa de ressonância do violão,
em bandos de banjos
à mão ( às macheias!) e nos dedos dos anjos,
anjos-dáctilos ...
que dedilham banjos anchos...
- por Júpiter...! Capitolino,
no monte com mote do deus
em tempo e templo Capitólio,
no teatro, anfiteatro, município
das minas gerais do pobre Aphonsus
a ouvir os responsos dos sinos
em ais nas catedrais drásticas
nas atitudes dos gárgulas em Notre-Dame...
 
( Cássia, Cássia, Cassiopéia! 
onde está a paz a cintilar, rutilar...) 

Ah! há a paz nos vegetais, deveras...
Aloé, Cássia! : "Aloe vera! ).

Mas mais: e muito mais e mas
para maior glória da paz
e "ad majorem Dei gloriam" ,
cujo acrônimo é AMDG
lema que frutifica em lima (laranja)
na santa Sociedade de Jesus,
sempre em companhia de Jesus
desde o basco santo Ignácio de Loyola :
paz por dentro e por fora do homem
tal qual no vitral exegético da catedral
gótica ilustrada, exegética,
em teologia lunar,
teogonia solar
e epifania de luz
de Jesus em agonia na cruz
e na luz que nada na via crucis,
"crucis" via do dia-a-dia
que nada adia
no medrar sem medo das três crucíferas
graças às três graças
e as três garças
originárias da munificência divina
e também, após o pó de Belém,
 em Canova esculpida...
- quase em vida na pedra deste outro Pigmalião!
 
( Cássia, acácia, Cassiopéia!
Aloé, Cássia!
que não dá um alô à Vera.
deveras!  ) 

  Oh! ò Vera,
aloé, Vera!
( "Aloe vera"),
a paz na mulher
é "vera" no latim
que late "Aloé vera"
quando nomeia a babosa
( "Aloe vera" ),
mas ama Vera, deveras,
porque a babosa é um bálsamo
e tem apenas relação plantar com a Cássia
( "Cinnamomum cassia"
ou "Cinnamomum aromaticum")
ou a acácia enfunada em flor :
a verdade do latim
e a mendacidade na mulher
em latitude latina
e atitude floral...)
 
( Cássia, acácia, Cassiopéia! 
Estelar Cassiopéia!) 
 
Mister, ego,
ego meu, egocêntrico,
que haja preeminência da paz
ao longo e além da envergadura da asa da pomba
em dulcíssimo tatalar em voo
sobre a cabeça de Jesus recém-batizado por João
coroando com o lilás da trombeta de anjo
exuberante na glória matutina
prefigurando já na manhã sã, malsã,
um reino de amor
porquanto a paz é o mesmo que o amor
com outras nuances na palavra,
em outra acepção
e atitudes, gestos, atos humanos...:
a paz não cabe numa palavra,
numa locução verbal ou nominal,
nem em muitas frases,
nem tampouco nas orações dos livros longos e sagrados
com todos os tomos
que o mulos carregam nos lombos,
pois se assim fosse o fosso
o mar vermelho não daria passagem
sem profundo pesar do pélago
aos pés enxutos dos judeus errantes
que acorriam ao mar
que late a escarlate em policromia
mas não mia
nem tampouco mama
senão em italiano
belo idioma que chora e mama
na poesia de Tasso, passo a passo
com o calor do Vesúvio...
Se assim o fosso fosse
o Rubicão secaria ( transudaria?) os pés de César
antes da travessia e ante a travessura
que César faria
( Ou César fará?! ).
 
( Aloé, Cássia! : Cássia, Cássia, cassiopéia,
"Stela" no aglomerado constelar... ) 
 
A natureza sabe e fabrica essa paz amorosa
ornada até no mel de flor de laranjeira
ou no ato do predador,
da besta atrás do alimento
e não de matar por puro ato gratuito ;
contudo, nós, humanos,
vê-la ( à paz) podemos
apenas pela vela a velar os olhos
com o véu das luzes diáfanas,
feéricas, com cores tamisadas
nos vitrais das catedrais góticas,
ou em trevas densas, pesarosas,
onde não podemos ver...
ou mesmo antes das luzes estivais e trevas espessas
no xadrez das barras do dia e da noite
a apascentar a alma com luminárias :
templo em tempo de lusco-fusco
ao sabor, a saber, amargo nas boninas,
bonitas em Anitas.
 
( Cássia, Cassiopéia bela!
Vela padrão na noite da estela...)  
 
A paz assente no belo
na beleza da alma e corpo são,
em plenilúnio de lua, sol e sal (mineral),
porquanto o corpo são produz a alma sã,
com a mente sã sumo e unguento aguento
e vice-versa enquanto o campeão, o vencedor prosa.
A mesma paz ausente
do bello gálico
porque paz não é pus ).

Quiçá juntando razão e paixão
façamos o amor brotar
nas vergônteas que brotam da paixão de Eros,
à erótica, no sensualismo do amor,
ou na erupção exuberante da paixão ágape.
 
( Cássia, acácia, Cassiopéia
que vela com luz e treva
a noite da deusa Nix )  
 
 Havia a via crucis
com uma paz de pinha
na poesia inebriante, inebriada de Paul Verlaine
e do Paul dos Beatles,
besouros de ouros,
escaravelhos dos velhos hieróglifos,
insígnias, selos, cartuxos dos faraós do Egito
tais coleópteros.

Unindo amor e racionalidade
talvez possamos por,
enquanto ser alienado de nós,
o amor no mundo,
não apenas na alienação do mito,
mas como realização da práxis
- não de Marx,
nada de Marx
que sua utopia pia
fez na foz;
tampouco de romana pax
- não de Marx,
e sua entropia
que antevia aquilo que em "crucis via"
era do vozerio do profeta a via
dolorosa que havia
antes do ato em "persona"
de criar sua utopia
sem o "pathos" da criança Sofia,
que tem um pacto de amor com a paz.
 
  Paul , o grande paul,
amo o paul imenso,
profundo como o sono dos justos,
acertados em saúde;
o paul esparso em garça e saracura,
algo altas peraltas ...:
Pernaltas?!
Perna longa, perna-de-pau...
Perna de paul!)
Mister criar a paz ingente
nas gentes, urgente nos agentes,
ao invés de obnubilá-la
no lá lá lá nu do blá blá blá blau
a obnubilar a paz cá e lá.
 
( Cássia, Cássia, acácia, Cassiopéia,
constelação, consternação estelar...)

Cá já há a paz.
Caju lá e paz de Alá lá.
Cá...cá, lá o lá lá lá da paz
dita, maldita no maldito Modigliani
e no tio Sam, suntuoso,
ungulado na besta...: besteira!

Paz no pacífico
oceano que ano a ano amo
sem recorrer a pacifismo
ou outra doutrina para embalar surfista em onda...:
a paz é a rainha de Nossa Senhora de Fátima!,
porém não de Lourdes,
que é minha mãe
- Maria de Lourdes
filha de Castro
e cônjuge de Gribel.
Gilson, meu pai,
meu filho
e meu espírito santo,
o consolador
que Jesus deixou
em sua imensa piedade....
e mansidão de rio doce
onde mana maná de leite e mel,
não no leito,
mas no leite que emana da fonte de Lourdes...

 
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sábado, 10 de novembro de 2012

POETA - wikcionário


Eu sou um poeta
e o poeta é um vagabundo,
ao menos o poeta que erra em mim,

errabundo pelo mundo fundo, raso, abundante.
Andarilho vou pelo caminho
observando bosta de equídeo
fezes de bovídeos,
boiada que foi
e ficou no odor
oxalá a exalar do pasto!
( Aposto no aposto 
do pastor  a posto
no discurso postado
na pastagem  em passagem
em grama ou vagem
pelo ruminar do bovídeo.
Estarão  as reses a rezar
e eu a ouvir
com ouvido meu
ou do mel do poeta :
mel-de-coruja ?).
 
João Guimarães Rosa era um poeta ;
aliás, é um poeta porque o poeta não morre,
pois o poeta não é o homem,
mas um ínfima porção do homem;
todavia, este é mortal
consoante reza o silogismo
e está preconizado na voz das esfinges
que não fingem os desertos
em que estão ambientadas no Egito :
seu nicho é o deserto.
 
De mais a mais, um poeta
antes de ser um escritor
e escriturar sua poesia
sorvida em vida,
( este sorvedouro doudo
que a vida é ),
o poeta é um pensador
anterior em gramíneas
ao grande canto do sertão
e as veredas esparsas nos gerais
com reflexos narcisista nas águas azuladas
pelas pauladas
abauladas
e aladas no céu
mas  arraigadas nos pés
de buritis verdejantes
e na exuberância "floreada" da florada
em causa resolvida e revolvida na vida
e na morte em esgrima com  florete
ou pistolas em duelo
de jasmins, bogaris sob céu gris
levados os anis vis,
bis bisados. Xis.
 
O poeta é o pensador
que, antes de ter o ser posto por escriba,
existe no homem,
aflora em ser na espécie humana
desde  menino e menino,
filho, filha, neto e neta, bisneto, bisneta,
tataraneto, tataraneta,
na mesma infância em que esteve o corpo e a alma
do homem  e da mulher ontem e sempre :
que o menino é para sempre : eterno,
enquanto  o  homem  é passageiro
da barca de Caronte.
A mulher é imortal.
Eterna na viúva
fica até o fim dos tempos e dos hussitas.

João, não o Huss, mas o Rosa, 
ou  a rosa sertaneja
( O João, a rosa : a rosa escarlate era o João balalão do sertão
tão extenso, intenso, denso, ancho....).
O João da Rosa
- dos ventos nas madeixas de ameixas das sertanejas
escreveu do joão-de-barro em casa
( não ao João-de-barro em ninho de passarinho, passariforme)
uma palavra que escreveu, não leu...  :
 "nonada!"
- uma espécie de  fac-símile do vetusto bardo,
cantor em Homero,
ou em meros rapsodos,
 pensador  em Hesíodo,
os quais tinham como brado,
brasão  ou palavrão, do calão,
invocar as musas.
 
Ele, o escritor-descritor dos sertões de minas,
evocava o nada e o tudo na palavra "nonada".
Este vocábulo era lançado ali
na cabeçeira do livro
tal qual estava na cabeceira do rio
ou do homem que lê um livro de cabeçeira.
Com a locução "nonada"
o aedo sertanejo  fazia o intróito do filósofo satírico
que assim se representava e se alienava
de homem em filósofo
dando um tom de desprezo a tudo
ou fingindo um ar escarnecedor
como poeta fingidor
que se representa em Fernando Pessoa,
poeta de um campo de cajueiro
que assim se representava e se alienava
de homem em filósofo
dando um tom de desprezo a tudo
ou fingindo um ar escarnecedor
como poeta fingidor
que se representa em Fernando Pessoa,
poeta de um campo de cajueiro
que não existe,
mas se representa em versos plácidos
à cor do anil
ou do que tocava no disco de vinil
no mês de abril
que abriu maio em flor festeira.
 
As ideias mudam
vivem num contexto
que e um momento de vida
na qual o papel é declamado em ode ou elegia
de saúde ou doença
no palco ou no front
da do que se fala em vida,
que é o falar e calar da biologia
em seu discurso em "logos",
porque a ciência não é realidade,
mas mera realização
dos homens "sapiens" "sapiens",
no pensador, no filósofo e no poeta
e "faber" no engenheiro.
Em realidade, a biologia é apenas uma locução
cujo tema é a vida
locada do outro lado a poesia
e com tom e estro diverso
no verso que versa
sobre a vida
- vivendo na vivenda com víveres
e víboras! ( cobras-de-vidro).

 
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

ESTRO - etimologia

Gostaria de deixar um filho com ela
a medrar dentro do seu paul :
Paul ou Saul ou Raul .
Um menino bem-nascido
que tenha o estro de Manuel Bandeira,
mas não desfralde bandeiras
ou creia nelas
tampouco nas gestas históricas ou lendárias...
- que todas são lendárias,
mitos da pré-história
tempo de nenhuma língua na boca
ou escrita à mão de um Santo Antão,
certo santo ermitão de então,
de antanho.
Que seja antes de todo o tempo
um rei da alegria
pois quem tem alegria tem paz
e quem tem paz
esculpe a serenidade em corpo e mente,
escultora do corpo anatômico
( a mente é o corpo fisiológico
que divide o homem ao meio
com a mulher na meia )
plasma um espírito sereno
sem chapéu para apanhar de concha
o orvalho ("sereno") da madrugada
que canta no canto de Jorge Ben Jor
num pé só
porém não de saci-pererê
porquanto poderia ribombar
esse dizer
na hipocrisia estapafúrdia
do "politicamente correto"
quando quase nada,
de fato e de direito,
é politicamente correto
na política,
porquanto "pau torto que nasce torto..."
de tanto se banhar ao sol!,
clemente, inclemente...
"morre torto".
 
Uma criança que poderá
vir-a-ser um virtuose ao piano
ou um filósofo cético
sem filosofa rebuscada;
um incréu "moderado"
porque qualquer e toda crença
só traz desavença
quando não livra o espírito de pertença
antes o institui,
sopra em bolha, estatui...
pois o mundo maniqueu
entre Deus
e o diabo
é o territória da crença :
terra aflita
em conflito...

Uma criança que diga
com giga
bytes de potência:
"Sursum corda"!
aos corações dos homens ( e mulheres!)
sem corda
na rabeca;
sem acordes
- sem acordar ...

 
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

SUNTUOSO - wikcionario


Mister (é) inventar a paz
ou descobrí-la lá onde brilha e canta :
descobrí-la no colibri, lá na brisa,
cobrí-la na aragem natural
que corre mundo
até onde vai o mundo
e chega ao fim-do-mundo
para o indivíduo duo,
- dual em dueto;
solista, solipsista
ou em coro angélico no cantochão,
a consonar com a paz
anagógica na figura da pomba cubista de Picasso,
tonante na caixa de ressonância do violão,
em bandos de banjos
à mão ( às macheias!) e nos dedos dos anjos,
anjos-dáctilos ...
que dedilham banjos anchos...
- por Júpiter...! capitolino,
no monte com mote do deus
em tempo e templo Capitólio,
no teatro, anfiteatro, município
das minas gerais do pobre Aphonsus
a ouvir os responsos dos sinos
em ais nas catedrais drásticas
nas atitudes dos gárgulas em Notre-Dame...

( Ah! há a paz nos vegetais...
Aloé, Cássia! )

Mas mais: e muito mais e mas
para maior glória da paz
e "ad majorem Dei gloriam" ,
cujo acrônimo é AMDG
lema que frutifica em lima (laranja)
na santa Sociedade de Jesus,
sempre em companhia de Jesus
desde o basco santo Ignácio de Loyola :
paz por dentro e por fora do homem
tal qual no vitral exegético da catedral
gótica ilustrada, exegética,
em teologia lunar,
teogonia solar
e epifania de luz
de Jesus em agonia na cruz
e na luz que nada na via crucis,
"crucis" via do dia-a-dia
que nada adia
no medrar sem medo das três crucíferas
graças às três graças
e as três garças
originárias da munificência divina
e também, após o pó de Belém,
 em Canova esculpida...
- quase em vida na pedra deste outro Pigmalião!

( Oh! ò Vera,
a paz na mulher
é "vera" no latim
que late "Aloé vera"
quando nomeia a cássia
mas ama Vera, deveras. :
a verdade do latim
e a mendacidade na mulher...)
Mister, ego,
ego meu, egocêntrico,
que haja preeminência da paz
ao longo e além da envergadura da asa da pomba
em dulcíssimo tatalar em voo
sobre a cabeça de Jesus recém-batizado por João
coroando com o lilás da trombeta de anjo
exuberante na glória matutina
prefigurando já na manhã sã, malsã,
um reino de amor
porquanto a paz é o mesmo que o amor
com outras nuances na palavra,
em outra acepção
e atitudes, gestos, atos humanos...:
a paz não cabe numa palavra,
numa locução verbal ou nominal,
nem em muitas frases,
nem tampouco nas orações dos livros longos e sagrados
com todos os tomos
que o mulos carregam nos lombos,
pois se assim fosse o fosso
o mar vermelho não daria passagem
sem profundo pesar do pélago
aos pés enxutos dos judeus errantes
que acorriam ao mar
que late a escarlate em policromia
mas não mia
nem tampouco mama
senão em italiano
belo idioma que chora e mama
na poesia de Tasso, passo a passo
com o calor do Vesúvio...
Se assim o fosso fosse
o Rubicão secaria ( transudaria?) os pés de César
antes da travessia e ante a travessura
que César faria
( Ou César fará?! ).

A natureza sabe e fabrica essa paz amorosa
ornada até no mel de flor de laranjeira
ou no ato do predador,
da besta atrás do alimento
e não de matar por puro ato gratuito ;
contudo, nós, humanos,
vê-la ( à paz) podemos
apenas pela vela a velar os olhos
com o véu das luzes diáfanas,
feéricas, com cores tamisadas
nos vitrais das catedrais góticas,
ou em trevas densas, pesarosas,
onde não podemos ver...
ou mesmo antes das luzes estivais e trevas espessas
no xadrez das barras do dia e da noite
a apascentar a alma com luminárias :
templo em tempo de lusco-fusco
ao sabor, a saber, amargo nas boninas,
bonitas em Anitas.

( A paz assente no belo
na beleza da alma e corpo são,
em plenilúnio de lua, sol e sal (mineral),
porquanto o corpo são produz a alma sã,
com a mente sã sumo e unguento aguento
e vice-versa enquanto o campeão, o vencedor prosa.
A mesma paz ausente
do bello gálico
porque paz não é pus ).

Quiçá juntando razão e paixão
façamos o amor brotar
nas vergônteas que brotam da paixão de Eros,
à erótica, no sensualismo do amor,
ou na erupção exuberante da paixão ágape.

( Havia a via crucis
com uma paz de pinha
na poesia inebriante, inebriada de Paul Verlaine
e do Paul dos Beatles,
besouros de ouros,
escaravelhos dos velhos hieróglifos,
insígnias, selos, cartuxos dos faraós do Egito
tais coleópteros).

Unindo amor e racionalidade
talvez possamos por,
enquanto ser alienado de nós,
o amor no mundo,
não apenas na alienação do mito,
mas como realização da práxis
- não de Marx,
nada de Marx
que sua utopia pia
fez na foz;
tampouco de romana pax
- não de Marx,
e sua entropia
que antevia aquilo que em "crucis via"
era do vozerio do profeta a via
dolorosa que havia
antes do ato em "persona"
de criar sua utopia
sem o "pathos" da criança Sofia,
que tem um pacto de amor com a paz.
 
( Paul , o grande paul,
amo o paul imenso,
profundo como o sono dos justos,
acertados em saúde;
o paul esparso em garça e saracura,
algo altas peraltas ...:
Pernaltas?!
Perna longa, perna-de-pau...
Perna de paul!)
Mister criar a paz ingente
nas gentes, agentes,
ao invés de obnubilá-la
no lá lá lá nu do blá blá blá blau
a obnubilar a paz cá e lá.
( Cá já a paz
Caju lá : paz de alá lá
Cá, lá o lá lá lá, paz
dita, maldita
do tio sim Sam suntuoso,
ungulado na besta...: besteira!)
.
 

 
dicionario wikcionario wikdicionario verbete glossário lexicografia léxico biografia vida obra etimologia etimo  nomenclatura terminologia pinacoteca taxonomia dicionario cientifico filosofico etimologia encilopédico lexical juridico enciclopédia delta barsa